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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Coluna Eco Oil - Acidentes com pessoal terceirizado

Grande parte dos acidentes acontece com funcionários terceirizados

Olá senhores,

Hoje trago uma curiosidade que, no meu ponto de vista, muitos ainda desconhecem. Lendo a revista eletrônica Brasiliano & Associados, tive a confirmação que a maioria dos acidentes que acontecem nas plataformas de petróleo na Bacia de Campos são com funcionários terceirizados.

O acidente que aconteceu com a P-36 chegou a ser alvo do Ministério Público do Trabalho, que acusou a Petrobras de negligenciar o controle de contratação de empresas terceirizadas. O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, aponta como o maior problema a baixa qualificação das empreiteiras que trabalham com a companhia. “Nos Estados Unidos, eles trabalham com terceirizados de empresas de ponta. Aqui, a contratação é aberta para qualquer empresinha de fundo de quintal”.

Após uma declaração forte como esta, nos cabe a reflexão. Qual é o principal motivo para que este
tipo de peculiaridade esteja acontecendo? E por que a Petrobras anda recorrendo tanto às terceirizadas do setor?

Desde 1995, a empresa iniciou um processo de incentivo a aposentadorias e demissões, passando a contratar mão de obra terceirizada. Este tipo de processo tem com principal objetivo a redução de custos operacionais fixos, de modo a possibilitar a maximização dos lucros financeiros.

Em comparação aos funcionários da empresa, os terceirizados não realizam um treinamento que atenda plenamente as necessidades da empresa, possuem menos informações sobre saúde e segurança (sendo um dos motivos pela falta de comprometimento em relação a essas questões – saúde e segurança - no momento em que estão em serviço) e trabalham em condições precárias.

Acredito que o problema não é a contratação de terceirizadas, mas sim a maneira como este
processo vem sendo conduzido. Além disso, são poucas as empresas que oferecem um
treinamento adicional a esses empregados.

Conforme já foi divulgado no Eco Oil, o presidente do Sindipetro Caxias e diretor da Secretaria de SMS da FUP, Simão Zanardi, comentou que a Petrobrás tem de fazer um imenso treinamento com toda sua força de trabalho, próprios e terceiros, principalmente com os trabalhadores em área de manutenção, operação e produção. A FUP propôs de imediato curso das Normas Regulamentadoras NR-10, NR-13, NR-15 e NR-33. Treinamento em Combate a Incêndio e Primeiros Socorros. Além disso, precisamos implementar os programas de Proteção Respiratória, Proteção Auditiva e Ergonomia. Para garantir segurança na execução dos trabalhos temos que treinar Emissão de PT, Percepção de Risco e Procedimentos Operacionais.

Uma coisa que eu aprendi na vida foi, a partir do momento que um funcionário entra na sua empresa, independente do tipo de serviço ou setor que ele atua, ele já passa a ser sua responsabilidade. Qualquer decisão tomada equivocadamente por ele será a sua empresa que responderá por seus atos. Foi como eu disse antes, não importa o tipo de serviço ou setor que ele atua, pode ser tanto um faxineiro quanto um operador de máquinas, isso é indiferente.

Não se esqueça que, a partir do momento que alguém veste o “uniforme” da sua empresa, o funcionário o estará representando. Então, se é para representar a sua empresa, que represente direito.

Atenciosamente
Leonardo D. Q. Motta
Estudante do 5° período do curso de Tecnólogo em Petróleo e Gás, Perito Ambiental e Assistente
de SMS

Referência bibliográfica:
Gestão de Riscos – Fernandes, Mariana - Revista Brasiliano & Associados. Edição 56

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