Irineu Evangelista de Sousa, mais conhecido como o Barão de Mauá, tornou-se proprietário do Estabelecimento de Fundição e Estaleiros da Ponta d' Areia, em Niterói, Rio de Janeiro, em 11 de agosto de 1846. Fato que foi considerado empreendimento pioneiro na industrialização do Brasil.
Quando a Guerra do Paraguai eclodiu quase um terço da frota naval brasileira havia sido construida na Ponta d' Areia. O estaleiro chegou a construir mais de 70 navios a vapor e a vela para navegação de cabotagem no país. Em 1890, no entanto, suas atividades foram praticamente encerradas, e a frota que operava no Brasil era estrangeira em quase sua totalidade.
O Estaleiro Mauá foi integrado à Companhia Comércio e Navegação (CCN) em 1905, ano em que foi fundada esta companhia, especializada em construção e reparo de navios. Na época, a CCN era também uma das maiores companhias de construção e reparos da América Latina.
Em 1907, a CCN construiu um “dique seco”. O local escolhido foi a Ponta D’ Areia, em Niterói, onde Irineu Evangelista de Souza, O Barão de Mauá, instalou as oficinas de construção naval.
A denominação “Estaleiro Mauá”, dada às oficinas da CCN, é em homenagem ao Barão de Mauá.
Em 1911 ocorreu a inauguração do dique seco, denominado Lahmeyer, em homenagem ao Dr. Furquim Lahmeyer, engenheiro que o construiu e presidente da companhia na época. Este dique era um dos maiores e superior em construção, se comparado a outros no mundo. O mais moderno e melhor instalado no Brasil e na América do Sul.
Um grupo chefiado por Mário de Almeida e seus companheiros, Antônio Ferraz, Amandino Câmara e o Comendador Martinelli, assumiram em 1935, o controle da empresa.
Após 20 anos, o Sr. Paulo Ferraz assumiu a direção da empresa, iniciando o projeto de ampliação das instalações na Ponta d’Areia, passando a dedicar-se em 1958 às atividades de reparo, construção naval e comércio de sal em longa escala.
O primeiro navio construído no Brasil, em termos industriais, foi o “Ponta d’Areia”, lançado ao mar em 1961.
Em 1968, foi construída a primeira plataforma no Brasil, a P–1 (Petrobrás) com peso de 3.500 toneladas.
Desde o lançamento do primeiro navio, a CCN manteve sua posição de liderança: entregou 197 embarcações de diferentes tipos e capacidades de carga.
Nos anos 60:
· os primeiros navios petroleiros construídos no Brasil;
· os primeiros navios frigoríficos construídos no Brasil;
· os primeiros liners automatizados construídos no Brasil;
· as primeiras plataformas de petróleo construídas na América Latina.
No início dos anos 70, a CCN passou a ter projeção internacional, ao construir navios para a Alemanha, Chile, Escócia, Estados Unidos e Grécia.
Em 1973, a CCN, já conhecida como Estaleiro Mauá atingiu o máximo da sua produção, fabricando 12 navios de médio porte, modelo SD–14, com peso de 15, 000 toneladas.
Dois navios patrulha foram construídos para a Marinha de Guerra do Brasil em 1987, o Graúna, casco P–40; e o Goiana, casco P–41.
Em função da retirada em 1994 do financiamento para a indústria naval, o estaleiro Mauá parou com as construções.
De 1995 até 1997, realizou somente reparos e trabalhos nas oficinas, que tinham seus equipamentos utilizados para serviços terceirizados.
De março de 1997 até dezembro de 1998, o estaleiro Mauá foi arrendado pelo grupo SEAPAR – permanecendo com as atividades de reparos de navios e plataformas.
Durante o ano de 1999 até setembro de 2000, o estaleiro Mauá foi arrendado pela Marítima Construções Navais, mantendo as atividades desenvolvidas anteriormente.
No dia 27 de setembro de 2000, o grupo Jurong, Cingapura, assumiu o arrendamento do estaleiro Mauá, sob a razão social Mauá – Jurong S/A.
As linhas de produção foram retomadas com a construção de módulos para plataformas e mantendo a atividade de reparo naval.
O número de empregados próprios chegou a 2000 e 4000 eram prestadoras de serviços diretos.
Em outubro de 2007, foi formalmente oficializada a saída do Grupo Jurong da sociedade que formava a Mauá Jurong.
A empresa passa a se chamar Estaleiro Mauá S.A.
O Mauá é um dos maiores estaleiros do Brasil, e a mais tradicional empresa da área naval ainda em operação. Localizado na Ponta d’ Areia, Niterói – RJ, é o único estaleiro de grande porte na Baía de Guanabara, situado antes da Ponte Rio - Niterói, facilitando a atracação de embarcações que possuem restrição significativa de altura e / ou manobra.
Aos clientes externos, o Mauá oferece uma ampla linha de serviços, incluindo docagem, reparos flutuando, engenharia especializada, conversões, novas construções, e muitas outras atividades correlatas.
O Mauá dispõe de três unidades industriais, adequadamente equipadas e localizadas na Baía de Guanabara.
Na Ilha do Caju, Baía de Guanabara a unidade é capaz de atender a quaisquer requisitos de fabricação naval, offshore ou industrial.
Ali está sendo construída a jaqueta de Mexilhão. O Canteiro do Caximbau, na Ilha da Conceição, foi reaberto após 10 anos, em 19/02/02, e ali se constroem os módulos de plataformas.
O Estaleiro Mauá está habilitado a construir todos os tipos de embarcações como: cargueiros, full–containers, navios – tanque, graneleiros, roll-on / roll-off, químicos, equipamentos de offshore, plataformas petrolíferas; continuando a conquistar clientes importantes com seu desempenho e preços competitivos.
Para aqueles que não viram o post anterior falando sobre a absorção de tecnólogos pela empresa, esses são os e-mails para envio de currículos para estágios e empregos, respectivamente:
Para estágios: estagio@estaleiromaua.ind.br
Para empregos: curriculo.rst@estaleiromaua.
ESTALEIRO MAUA ERA UMA OTIMA EMPRESA PARA TRABALHAR
ResponderExcluirDE UNS TEMPOS PR CA ESTALEIRO SE AFUNDOU CULPA DOS ADMINISTRADORES CORRUPITUS
ACABARAM COM A CCN
ResponderExcluirTomara que volte a operar,é um ótimo estaleiro... quero muito voltar a trabalhar neste ESTALEIRO,sinto saudades do meu pipe-shop!boa sorte MAUA.
ResponderExcluirDr Furquim Lahmeyer, que o construiu e deu nome so dique,era presid da cis Qual o primeiro nome? Obrigada.
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