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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coluna Eco Oil - A verdadeira importância do EPI

Olá senhores,

Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer ao Sydney pelo espaço cedido ao Eco
Oil para que possamos refletir um pouco mais sobre um tema crucial para o
funcionamento de um empreendimento petrolífero: a gestão do SMS.

Há quase duas semanas, eu comentei no Eco Oil o quanto é importante a maneira pela
qual o gestor de SMS se dirige aos trabalhadores que estão sob o seu comando para
comunicar a importância da utilização do equipamento de proteção individual (EPI). E
hoje, através de uma breve reflexão sobre o tema, notei algo interessante que gostaria
de compartilhar com os senhores.

Muito se fala da importância em conscientizar os trabalhadores para utilizarem os
EPIs em seus ambientes de trabalho. Porém, algo precisa ser esclarecido. O
trabalhador não está apenas seguindo as exigências da empresa, não está apenas
dentro da lei e, principalmente, não está agradando o seu gestor pela sua disciplina. É
muito mais que isso. É a sua vida que está em jogo.

Os pilotos de Fórmula 1 são uma ótima comparação. Já notaram a quantidade de EPIs
que os pilotos utilizam nas corridas? Macacão, capacete, proteção para o pescoço...
Seria estranho ver o piloto sem um desses equipamentos na corrida, não seria? Mas
porque isto acontece?

Inconscientemente, associamos a Fórmula 1 com o perigo de acidentes fatais. É verdade
que em vários segmentos da indústria petrolífera o perigo não é tão alto e perceptível
quanto neste tipo de esporte, mas ele está presente. O perigo sempre está presente.

Cabe aos gestores de SMS trazerem esta percepção para o seu ambiente de trabalho.
Até por que, a alta administração não ficaria nada satisfeita em saber que um
trabalhador seu se acidentou pela não utilização de um equipamento que custou caro
para a empresa.

Um grande problema enfrentado pelos gestores em relação à conscientização dos
trabalhadores é a frequência que os acidentes ocorrem. Qual é a frequência de um
assistente administrativo sofrer um acidente em uma refinaria? É mínima, correto?
Quase impossível de acontecer. Quase.

É um tipo de visão muito complicado para se exigir dos empregados, então uma dica
que eu deixo é: promovam palestras de trabalhadores que já sofreram lesões graves em seus ambientes de trabalho. Assim, os trabalhadores pelo qual os senhores são
responsáveis estarão em contato com exemplos reais de sua profissão, notando que
acidentes são realmente possíveis na função que exercem e serão muito mais
precavidos e conscientes em suas decisões.

Os trabalhadores precisam ser lembrados que, caso aconteça algum acidente e eles
não estejam utilizando os equipamentos, como, por exemplo, a bota de segurança,
serão os seus pés que sofrerão a lesão e não os pés do presidente. Confirmando que, a
utilização do equipamento de proteção individual não é um favor que o trabalhador
está fazendo para a empresa, e sim um recurso para proteger a sua própria vida.

Tenham uma boa semana.

Atenciosamente,
Leonardo D. Q. Motta
Estudante do 5º período do curso de Tecnólogo em Petróleo e Gás, Perito Ambiental e
Assistente de SMS.

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